Afinal, qual o valor de seu trabalho?
Você já teve ou tem alguma dificuldade de saber quanto vale o seu trabalho?
Em outras palavras, você já se viveu a situação de não saber informar seu cliente sobre o valor de seu trabalho, o valor de seus honorários profissionais?
Esta dificuldade em colocar o valor de seu trabalho traduzido em dinheiro, em reais é muito comum.
E ela acontece com profissionais autônomos, profissionais liberais e empresa de diferentes tamanhos.
Então, quanto vale seu trabalho?
Vamos voltar alguns passos no pensamento para depois seguirmos adiante nesta resposta.
Toda e qualquer profissão tem uma finalidade social. E por finalidade social entendemos que uma profissão tem o objetivo de suprir alguma necessidade de alguém, alguma demanda, ou de melhorar algo que já existe. Enfim, de trazer algum benefício para uma ou várias pessoas.
Desse modo, para que esta ideia fique mais clara, pense em profissões que já não existem mais. E aqui vou citar apenas três delas.
Profissões que não existem mais.
Condutores de charretes.
No início do século 20, a cidade de Nova York tinha uma população estimada de 3 milhões de pessoas e o transporte era feito por cerca de 200.000 charretes.
Neste cenário, você pode imaginar como era importante esta profissão, não é mesmo? Era uma atividade de muito impacto e com muita demanda, já que como ainda os automóveis não eram populares, o transporte por charretes era intenso.
A profissão de condutor de charretes cumpria, naquela época, uma demanda da sociedade.
Ascensorista.
Pergunte para as pessoas mais jovens (com cerca de 25 anos de idade) o que é ascensorista. Muitas não saberão.
Ascensorista é o profissional que trabalha dentro do elevador, perguntando o andar para onde cada passageiro vai e, literalmente, apertando os botões do painel do elevador.
No mundo atual, esta profissão não faz qualquer sentido e não cumpre uma demanda social, já que os elevadores modernos (e já nem tão modernos assim…) não precisam de alguém que fique “apertando os botões” do painel do elevador.
Lembro-me do final da década de 1980, quando utilizava o elevador do Tribunal de Justiça de São Paulo, da presença do(a) ascensorista nos levando ao andar desejado. Ou mesmo em algumas lojas de departamento (o antigo Mappin, por exemplo), onde a presença do ascensorista informava os produtos vendidos em cada andar.
A profissão de ascensorista cumpria, naquela época, uma demanda da sociedade.
Datilógrafo.
Esta é outra profissão que não existe mais praticamente.
Você sabe o que é datilógrafo? É um profissional que passava todo o período de seu trabalho datilografando (tradução: seria a digitação atual na antiga máquina de escrever).
Mas você pode pensar que a profissão ainda é relevante, já que hoje as máquinas de escrever (máquinas de datilografia) foram substituídas pelos computadores e seus teclados.
Esta afirmação não está totalmente equivocada, porém, com a popularização dos computadores, praticamente todas as pessoas, bem ou mal, sabem digitar em um teclado de computador. E isto faz com que a demanda por datilógrafos ou digitadores seja cada vez menor e assim não há mais demanda da sociedade por esta profissão.
Os benefícios que cada profissão proporciona.
Pare e pense um pouco na atividade profissional que você realiza. Qual ou quais benefícios para o próximo ou para a coletividade que sua profissão, sua atividade proporciona?
Qual a demanda que ela satisfaz? O que ela melhora a vida de alguém?
Se você souber responder estas perguntas, você começará a entender o valor de seu trabalho.
O valor de seu trabalho é proporcional ao benefício que você proporciona.
Mas não só.
Nem sempre é fácil, apesar de entender o benefício que seu trabalho proporciona, o valor que ele realmente tem. Frequentemente, não temos tanta consciência deste benefício, porque, afinal, “não foi difícil, para mim… não foi difícil fazer isso…”.
Aqui vale a pena uma dica importante: se você não tem noção do valor de seu trabalho, pergunte para amigos, clientes, parentes, enfim, pergunte para pessoas com quem você mantém relação sobre o que elas pensam de você profissionalmente.
Provavelmente, você vai ser surpreender positivamente com as palavras que irá ouvir.
As pessoas, geralmente, têm uma noção mais aprimorada sobre nós do que nós mesmos temos!
Além desta noção e impressão que as pessoas têm de você em seu lado profissional, é importante também realizar uma outra reflexão: quantos anos de carreira você já tem? E quanto tempo de sua vida você investiu em sua formação profissional e em seu aperfeiçoamento profissional?
Assim, tudo isso deve ser levado em conta para que você tenha uma autoconsciência sobre seu valor profissional, sobre o valor de seu trabalho.
E mais: quantos investimentos financeiros você realizou em seu crescimento e aperfeiçoamento profissional? Já pensou no total que você gastou para ter a qualidade profissional que você tem?
Você só é este profissional porque investiu horas, dias e noites de sua vida, além de todo o valor gasto usado para este objetivo.
E mais: junte a isso tudo aquilo que você teve que abrir mão, teve que renunciar, teve que realizar escolhas para chegar onde chegou.
Então, aqui, uma pausa. Este raciocínio também vale, ao contrário: se você não se dedicou ao seu crescimento profissional, se você não investiu em seu aperfeiçoamento e, por isso, você também é o profissional que você é, com a qualidade que tem (ou a falta dela).
Afinal, qual o valor de meu trabalho?
Depois de todas estas reflexões, você já deve ter uma melhor noção de seu valor profissional. O benefício que você proporciona ao outro, a demanda da sociedade por aquilo que você faz ou vende, o quanto você investiu de horas de sua vida e quanto você gastou financeiramente, e ainda o quanto você teve que renunciar a outras opções.
Então, junte isso tudo. E sinta profundamente o quanto você vale. O quanto vale o seu trabalho. O valor de seu trabalho. Este é o primeiro passo.
A partir daí, perceba se o valor financeiro que você atribui ao seu trabalho é reconhecido pelos outros.
Dessa forma, o mercado (seus clientes) pagam aquilo que você entende ser o valor de seu trabalho?
Se não, há ajustes a serem feitos. Ou você superestimou o seu valor ou você está direcionando sua comunicação profissional para um público que não tem a demanda que você imaginava, ou que não tem condições financeiras de pagar o valor que você entende ser o valor devido.
E, nesta situação, vale a pena repensar a sua comunicação profissional, a sua divulgação profissional e também a sua autoconsciência sobre o valor de seu trabalho.
Finalmente, a síntese é esta: não importa o quanto você cobra. Importa se você vale o que você cobra e se você está se comunicando com as pessoas que reconhecem o seu valor!
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