Tudo é feito na China?

Mapa da Publicação

Já há alguns dias (na verdade, já há duas semanas) em distanciamento social, estamos começando a sentir os impactos na economia. Não discutiremos esta tema. Cito a questão apenas para trazer à tona o conceito sobre o qual realizaremos nossa reflexão: a dependência.

Antes mesmo de iniciada a quarentena, tive uma conversa com um casal de amigos que possuem loja de roupa no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, Capital.

Já naquele dia (o mundo ainda não tinha mudado… tudo ocorria apenas “lá na China”) eles já afirmavam que, na visão deles, era bem provável que viesse a faltar mercadoria no segundo semestre deste ano por causa da paralisação, por conta do COVID-19, da produção na China. Ou seja, o grau de dependência deste tipo de mercado, em relação à China, é tamanho.

Tudo vem da China.

Sabemos também que em muitos outros segmentos a dependência mundial em relação à China é imensa; temos, inclusive, usado bastante a expressão “tudo é feito na China, tudo vem da China”.

A experiência que estamos passando por causa desta enfermidade e que está impactando o mundo todo, ao mesmo tempo, mostra-nos como é arriscado, perigoso e vulnerável dependermos somente de um fornecedor, de um empregador, de uma atividade profissional, e assim por diante.

Nossas avós já tinham a sabedoria popular no dito que enuncia: “nunca coloque todos os ovos na mesma cesta!” Sabedoria de avós que tem aplicação no século 21…

Nestas duas últimas semanas, a relação de dependência de cada trabalhador, de cada empresa, de cada cidadão em relação a seus empregadores, a seus fabricantes e a toda a cadeia de produção e de comercialização veio à tona. Estamos, ao máximo, tentando não quebrar esta cadeia produtiva, para que ela se sustente.

Trazidas estas ideias à reflexão (repito: nosso foco não é uma análise econômica, política ou ideológica), queremos ampliar o pensamento para incluir outras questões neste mesmo critério de reflexão sobre a dependência.

Dependência profissional.

É bastante comum as pessoas (especialmente aquelas nascidas no século 20) pensarem que, pelo fato de já terem uma profissão (vamos tomar como exemplo as mais tradicionais: médico, engenheiro, dentista, advogado…) elas sabem apenas fazer, realizar atividades profissionais que estão somente dentro daquela profissão.

É como se repetissem: uma vez médico, sempre médico! Uma vez advogado, sempre advogado! Uma vez dentista, sempre dentista!

Mas… quem foi que disse isso? Quem foi que falou que não seria possível você mudar de profissão, que você não poderia exercer outras habilidades que não estariam incluídas nesta profissão? Ou que você pode ter duas, três profissões, atividades profissionais? Ou se será que você não muda de profissão, não muda de ramo na mesma profissão, não tenta algo diferente, não amplia o seu exercício profissional porque “não sabe o que podem pensar de mim?” Será que você está se limitando por causa dos outros? Ou porque não tem autoconfiança suficiente em você?

Você sabe fazer muito mais coisas, habilidades, tarefas, ações do que realmente pensa que sabe fazer. Pare e pense um minuto: lembre-se de tudo o que você já estudou, já vivenciou, já aprendeu, em cursos, com a vida, com seus amigos, com seus parentes, enfim… você tem um material intelectual e vivencial espetacular! Mas que tem que ser trazido à tona para que você perceba que há mais potencial em você do que parece!

Um certa vez, conversando com uma garçonete em um hotel na região da Avenida Paulista, em São Paulo, soube que ela tinha o sonho de estudar Direito, e que fazia uma torta de limão maravilhosa (eu provei, e era deliciosa), mas que ela não anunciava ou não informava a todos que ela poderia fazer e vender aquela maravilhosa torta de limão! Então, surge a pergunta: como é que eu vou comprar algo de você se eu não sei o que você vende? Assim fica difícil, não é mesmo?

O que queremos dizer, então?

Estamos vivendo a época em que as dependências estão expostas. Mas que, se você for analisar a fundo, nem toda dependência deve ser mantida!

Faça uma reflexão: o que mais você sabe fazer e que pode ser também uma fonte de rendimentos para você, uma fonte de realizações para você e que depende somente de você?

Como você pode diminuir a dependência de seu empregador, de seu fornecedor, enfim, de todas aquelas situações que mencionamos e que, por estarmos “na zona de conforto” acabamos “deixando pra lá”, e não investindo em novas habilidades, novas capacidades e novos comportamentos?

A dependência sempre existirá (somos seres que vivem em sociedade) mas pode ser atenuada, diluída ou minimizada! E somente você pode ampliar seus horizontes de ações profissionais.

É neste ponto em que trabalhamos: trazendo à consciência novas habilidades e capacidades de cada cliente, transformando tais características em algo que também possa lhe propiciar novas fontes de subsistência, de existência e de realização pessoal e profissional!

Compartilhar nas Redes Sociais

Compartilhar no facebook
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no email

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Rolar para cima