Reconheça-se. Reconheça. Reconhecimento.

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Reconheça-se. Reconheça. Reconhecimento.

Em nosso texto publicado abrimos a reflexão sobre liderança, autoestima, sequestro da subjetividade e o que isso tudo influencia a sua postura como líder, como gestor, como alguém que se reconhece dono de uma vida, que é composta por um conjunto de valores que são a sua estrutura fundamental.

No texto de hoje, abordaremos outros aspectos importantes que também tem a ver com o texto anterior. Por isso, o título: reconheça-se, reconheça e reconhecimento.

Reconheça-se.

Diferentemente da célebre frase atribuída ao filósofo grego Sócrates “conhece-te a ti mesmo”, preferimos abrir o título com “Reconheça-se” e não, por exemplo, “conheça-te”.

Por que preferimos esta palavra? Explicaremos.

Para nós, o “reconheça-se” envolve muitos aspectos da personalidade e da história de cada um de nós.

Primeiramente, reconhecer-se significa você ter ao menos uma ideia dos motivos que te fazem fazer o que você faz, de sentir o que você sente, ainda que você não esteja feliz ou satisfeito com os resultados de seus atos e de seus pensamentos.

O reconhecer-se significa também admitir que você é inábil em várias atividades, que você é ignorante (que você ignora) em muitos campos do conhecimento, que seu comportamento, muitas vezes, é um comportamento indevido e repudiado pelo seu meio social, e que frequentemente há equívocos nas comunicações que você estabelece em seu cotidiano (“você não me entende, não foi isso que eu quis dizer, você entendeu errado…”).

De outro lado, o “reconheça-se” possui aspectos diametralmente opostos: significa você reconhecer em si todas as capacidades que têm e que pode adquirir.

Faça uma análise de tudo o que você já superou em sua vida: momentos que pareciam que não terminariam nunca, situações de saúde ou mesmo de trabalho que pareciam intransponíveis e que você conseguiu “dar a volta por cima”.

Reconheça. Reconheça-se. Reconhecimento.

Além deste raciocínio, lembre também de tudo o que você já aprendeu em sua vida, em inúmeras áreas da vida. Não se restrinja somente àquilo que você aprendeu de modo “tradicional”, nas escolas, cursos ou universidades. Reconheça-se.

Temos o pouco produtivo hábito de limitar nossa memória aos últimos cinco anos vividos. Você é muito mais que o que aconteceu nos últimos cinco anos. Você já fez e aprendeu muita coisa em sua vida. Reconheça-se.

Recentemente tivemos uma sessão com uma coachee, momento no qual ela dizia que estava desatualizada no mercado profissional, que estava ultrapassada e que não se sentia em condições de prosseguir profissionalmente, por causa desta desatualização.

Naquele encontro, lembramos que tudo o que fazemos em nossa vida foi um dia aprendido e apreendido por nós. Aprendemos a andar, e, após muitas quedas e porque persistimos, aprendemos. Aprendemos a deglutir e após muitos engasgos e persistência, aprendemos. Apendemos a falar e após muitos erros, aprendemos.

Tudo o que fazemos em nossa vida é decorrência de tudo aquilo que aprendemos.

Quer conquistar seu objetivo? Aprenda. E vá em frente.

Reconheça.

Para que pudéssemos ter aprendido tudo o que aprendemos em nossa vida, muitas causas estiveram juntas e propiciaram que você pudesse aprender.

Um exemplo: para que você pudesse ter cursado uma faculdade, o que foi necessário?

Que alguém (o dono da faculdade) tivesse colocado em prática seu ideal de ter uma faculdade. E que esta faculdade fosse construída fisicamente.

Além disso, que professores estivessem disponíveis para ensinar. Que funcionários também se colocassem prontos para contribuir na organização da faculdade…. e por aí vai… as causas são quase infinitas…

Ou seja: para que você pudesse estudar na faculdade (e não mencionamos o esforço que muitas famílias fizeram e fazem para poder pagar a faculdade de algum parente) muitas situações, ações, sonhos e realizações tiveram que acontecer antes. Foi necessária muita dedicação de inúmeras pessoas para que você pudesse realizar seu sonho de cursar uma faculdade.

“OK”, você pode estar pensando… “eu reconheço tudo isso…”. Mas não basta pensar apenas. Não basta você reconhecer tudo o que fizeram por você, direta e indiretamente, se este reconhecimento permanecer apenas em seu pensamento, em seu íntimo, em seu interior. A pessoa que merece este reconhecimento não saberá que você reconhece o que ela fez por você. E isto é muito importante. Veja só…

Reconhecimento.

Em inúmeros textos, artigos e estudos fala-se muito sobre o reconhecimento profissional. É um valor que (quase) todos procuram e a ausência de reconhecimento profissional gera frustração naquele que não é reconhecido, frequentemente.

Tal situação nos leva a lembrar de um cliente que tivemos, jovem advogado, que buscava “reconhecimento profissional”.

Ele ainda não tinha uma carreira profissional consolidada e frustrava-se muito com a ausência de reconhecimento profissional. Este fato tinha um grande impacto sobre seu ânimo, suas emoções, sobre seu comportamento.

Receber reconhecimento é realmente necessário, mas ele só é cabível, obviamente, após termos feito algo ou construído algo ou ainda favorecido, ajudado alguém. O reconhecimento, claro, é feito a posteriori.

Ocorre que a ausência de reconhecimento, quando este é realmente devido, também causa um impacto na qualidade de nossas relações.

Imagine, por exemplo, um cônjuge que não reconhece as boas realizações feitas pelo outro cônjuge. Ele simplesmente “não liga” para o que o outro fez (apesar de, internamente, reconhecer a boa qualidade do outro cônjuge).

A ausência de reconhecimento vai levando a um afrouxamento da relação, a um afastamento entre as pessoas (para quê eu vou contar para o outro oque eu fiz, o que aconteceu em meu dia se ele “não liga mesmo”?).

 

Superficialização das relações humanas.

E assim, o processo de superficialização das relações humanas vai se instalando. O ciclo vicioso se completa: eu conto para você algo que eu fiz. Você não expressa seu reconhecimento (ainda que em seu íntimo você reconheça). Eu conto novamente. Você “não liga”, não reage. Desta forma, eu começo a perder o estímulo para partilhar com você aquilo que estou (ou estava) querendo partilhar. Nesta situação, eu me perguntaria: para que vou partilhar minha vida se você não liga mesmo?

Reconhecer o que o outro fez de bom para você, para sua vida e para seu crescimento gera gratidão. E expressar seu reconhecimento para esta mesma pessoa gera Prosperidade, pois a relação humana se fortalece, a proximidade entre as pessoas se intensifica e a troca de experiências se multiplica, gerando ainda mais novos pensamentos e novos comportamentos para aqueles que estão envolvidos na relação e para outras pessoas que começam a ser beneficiadas por este novo comportamento.

Reconheça-se. Perceba tudo o que você já conquistou e ainda tem por crescer e por agregar a sua vida e à vida dos outros.

Reconheça. Tenha consciência de todas as causas que tiveram que ocorrer para que você pudesse existir como ser humano e realizar seus sonhos, seus objetivos.

Reconhecimento. Expresse explicitamente às pessoas o reconhecimento que você tem pelo o que elas fazem, o que elas produzem, o que elas pensam. Isto fará toda a diferença em suas relações humanas (pessoais ou profissionais) e na intensidade de Prosperidade de todos.

Essa tal Prosperidade…

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