Como ter um diálogo produtivo?

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Como ter um diálogo produtivo?

Você aprendeu a conversar?

E você já foi agredido em uma reunião de trabalho?

Recentemente conduzi uma sessão de coaching com um engenheiro, formado há muitos anos, que trabalha em uma grande empresa.

Por causa da pandemia, como é sabido, todas as reuniões praticamente acontecem de modo virtual.

O fato das reuniões acontecerem atualmente em ambiente virtual deveria fazer com que os participantes tivessem mais cautela e mais organização para se manifestarem.

Mas não foi o que aconteceu.

O que aconteceu então?

Este nosso cliente nos contou que, durante a reunião de trabalho que ele participava com outros colegas, um outro companheiro começou a usar de palavras agressivas contra ele, chegando a quase ofendê-lo publicamente.

Nosso cliente ficou perplexo. Sem reação e sem saber como conduzir a situação.

Afinal, outras pessoas estavam presentes ao encontro e presenciaram todo o ocorrido.

Então imagine o cenário: várias faces dividindo a tela de um computador, todos participando da reunião e alguém começa a agredir um outro participante.

Conseguiu imaginar?

E lembre que ali, naquela tela de reunião virtual, todos tinham a mesma hierarquia… não havia chefes, líderes ou outras posições de maior poder dentro da empresa.

E qual foi o desfecho?

Por fim, nosso cliente simplesmente fechou a câmera e o microfone da reunião, e ficou quieto. Sem se manifestar.

E trouxe este assunto para nossa sessão de coaching.

Depois de entendermos bem o contexto no qual tudo tinha acontecido, começamos, com ele, a entender qual era a emoção que ele sentiu quando o colega começou a agredi-lo.

Passeamos por vários nomes de sentimentos… raiva, frustração, revanche, indignação, respeito…

Até que ele percebeu que o que de fato faltou em sua reação foi uma ação de tomar postura e de retomar o centro da conversa, colocando o diálogo que se estabelecia nos eixos.

Aprender a conversar.  Um diálogo produtivo.

No desenvolvimento da fala da criança, o que aprendemos é como transmitir as ideias que estão em nossa mente para a mente do outro, por meio da comunicação.

E tão logo aprendemos as primeiras palavras, saímos por aí falando sem parar… afinal,  a fala e a comunicação são um grande passo na história da civilização humana.

Porém, ninguém nos ensina a conversar com outra pessoa.

Falar é diferente de conversar.

Uma conversa se estabelece no mínimo entre duas pessoas.

Afinal, são duas pessoas que estabelecem trocas de ideias.

A primeira elabora a ideia em sua mente, transforma-a em palavras e emite sons que representam estas palavras (claro, há diferentes nuances no ato de falar em si).

A segunda pessoa recebe aquelas palavras, entende o significado delas (ou imagina que entende) e elabora suas ideias, transformando-as novamente em palavras audíveis para o outro.

Enfim, este seria o processo ideal de conversa.

E esta também é a forma mais rara de conversa!

E por quê?

Acima de tudo, porque é muito frequente ocorrer que quando uma pessoa está falando e a outra ouvindo, esta que está ouvindo já estar pensando no que vai responder a primeira, mesmo antes de o outro terminar de falar!

E, dessa forma, é impossível que ocorra um diálogo produtivo!

Por isso, saiba que um diálogo deve correr em duas vias: a primeira via é a forma como ele ocorre (como se fala) e a segunda via e o conteúdo do que se fala (o que se conversa propriamente dito)

Então, voltando ao nosso cliente: como terminou aquela sessão de coaching?

Ele viu que ele deveria ter tido um posicionamento mais assertivo quando foi agredido verbalmente. Deveria ter se posicionado melhor.

E como poderia ter realizado este posicionamento?

Simplesmente informando à pessoa agressora algo do estilo:

  • “a forma como você está falando comigo não me conecta a você”, ou
  • “sua forma de falar comigo está me desconectando de você e eu já não mais ouvindo o que você fala”.

Assim, com estas respostas, você consegue informar seu desgosto sobre aquela agressão recebida e demonstra sua determinação em voltar ao diálogo produtivo.

Finalmente, estas são sugestões de frases que fazem com que a outra pessoa receba a informação da ineficácia de sua postura, de sua agressividade.

E, ao mesmo tempo, fazem com que o diálogo se restabeleça e volte para o seu centro, trazendo a possibilidade de uma conversa e troca de ideias realmente construtiva!

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