Posicionar-se ou não? Eis a questão.

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saber se posicionar

Saber posicionar-se é uma arte. Como conseguir?

Como saber se posicionar na vida?

Em um dos nossos últimos vídeos, contamos alguns insights que tivemos durante nossos atendimentos de coaching.

E, todos sabem, saber posicionar-se exige muita determinação interna, abertura para expor-se, abertura para também ser julgado e, claro, eventualmente estar errado em suas posições.

Em todos os momentos de nossa vida, estamos tomando decisões. Quando você decide ler este texto, já está tomando uma decisão de lê-lo.

Assim, a cada momento, há uma série de valores (não me refiro aqui, necessariamente, a valores financeiros) que estão “disputando” para ver quem vai ser satisfeito nesta disputa.

Explicando melhor: quando você toma uma decisão, por exemplo, de comer um chocolate, há alguns valores envolvidos na decisão: o prazer de sentir o sabor do chocolate, a necessidade de saciar a fome, e também a necessidade e a vontade de realizar um regime, de emagrecer.

Todas estas vontades (valores) estão concorrendo entre si para vem quem é que vai “vencer” a disputa e ser satisfeito pela ação que você vai tomar.

Dessa forma, em todos os momentos esta “disputa” está ocorrendo.

Quando você tem consciência dos valores (vontades) que estão envolvidos em cada tomada de decisão, você tem mais condições de tomar a melhor decisão para aquele momento e também pensando no impacto daquela decisão em um futuro mais longo.

Se, no caso do chocolate, você sabe que tem que emagrecer mas ao mesmo tempo sabe que o chocolate é uma delícia (e é mesmo!) e, tendo esta consciência, você poderá tomar uma decisão que talvez até consiga satisfazer os dois valores.

Por exemplo, ao invés de você todo o chocolate (que esta seria sua vontade – mas engorda bem), você poderá apenas “provar” do chocolate e, então, satisfaz seu paladar e também sua intenção de emagrecer.

Desta forma, já vimos então que estamos sempre decidindo e sempre decidindo entre valores (vontades) que estão concorrendo entre si naquela tomada de decisão.

Pois bem.

O ato de posicionar-se também é um ato que é a consequência de uma tomada de decisão.

Na verdade, aquele que também não se posiciona também está tomando uma decisão; porém, como o não posicionamento não é uma ação ativa pode parecer, em tese, que a pessoa não está se posicionando.

Assim, a decisão de se posicionar é uma decisão por valores a serem satisfeitos.

No vídeo que mencionamos (não viu? Clique aqui e depois leia), falamos sobre o tema da invasão que as pessoas causam em nossa vida.

E o quanto nós deixamos que estas pessoas façam isso com a gente, o quanto deixamos que elas invadam a nossa vida.

E também o prejuízo e o impacto negativo que esta permissão que nós damos, ainda que de forma tácita, para que estas pessoas causa em nossa vida.

Um bom exemplo atual desta situação são as mensagens de whats app.

Esta ferramenta tecnológica e super ágil é de muito valor para a comunicação instantânea. Este benefício é incrível. E, mais, é gratuito.

De outro lado, por ter esta agilidade toda, esta ferramenta permite que os conteúdos das mais variadas qualidades sejam enviados indefinidamente para muitas e muitas pessoas.

É comum, por exemplo, a pessoa que enviou uma mensagem para você nem ter lido a respectiva mensagem, tendo somente repassado para adiante.

E, assim, você vai recebendo conteúdos que muitas vezes são bem negativos, que geram separações e emoções indevidas no seu ser.

E você começa a ficar incomodado com a postura daquela (ou daquelas pessoas) que não param de enviar este tipo de mensagem para você.

Surge, nesta situação, aquele dilema: o que fazer? Informar que você não quer mais receber aquelas mensagens?

Pedir, então, para aquela pessoa parar de enviar este tipo de conteúdo para você?

Voltando ao raciocínio dos valores que estão concorrendo entre si na tomada de cada decisão, aqui também este processo ocorre.

Você está recebendo mensagens de conteúdo indesejado por você, que não te agrada, e está recebendo estas mensagens de um amigo querido.

O que fazer?

Vamos analisar a situação e verificar os valores que estão envolvidos nela.

À primeira vista, podemos perceber alguns: amizade (o carinho que você tem por seu amigo), a irritabilidade (o quanto você está ficando irritado recebendo as mensagens), a situação de seu amigo (a pessoa pode estar passando por um momento mais difícil) e muitas outras causas.

Como saber se posicionar? O que fazer?

Tenho alguns exemplos próprios de situações que vivi pessoalmente.

Ambos os exemplos envolvem pessoas que eu gosto e admiro, mas que estavam me enviando mensagens, via whats app, de cunho político.

Vale a pena informar aqui que eu não debato política via whats app simplesmente porque não é um canal próprio para este tema.

Nestes dois casos, após receber estas mensagens, eu me silenciei, e não as respondi.

Num segundo momento, e por insistência dos remetentes nesta prática, eu informei que gostava muito daquela pessoa, mas que preferia não debater este assunto (política) por aquele canal.

Minhas comunicações, neste momento, por escrito, são ainda mais cautelosas, pois as palavras não têm tom de voz, volume e outras modulações. E por isso, quando escrevo mensagens que são delicadas, eu escolho ainda mais as palavras que vou utilizar para ser ainda mais simpático aos olhos de quem irá ler a mensagem.

Finalmente, se a pessoa insiste em enviar mensagens indevidas, mesmo depois de avisada, vale a pena ser um pouco mais claro, como de fato já fiz: “por favor, peço-lhe a gentileza de não me enviar mais mensagens sobre este assunto. Temos tantos pontos em comum, mas, neste tema, especificamente, nosso pensamento não é o mesmo. E, por isso, prefiro ficar com os temas que nos aproximam do que com os temas que nos afastam.” (leia também: Como ter amizades sólidas)

E assim foi.

Em um dos casos, uma das pessoas “me bloqueou”(isso, claro, pode acontecer) e no outro caso ela me agradeceu por ser claro e por investir na amizade que temos construído.

Mas, o principal resultado foi para minha saúde mental: não deixei que os outros fiquem poluindo meus pensamentos, invadindo minha vida, especialmente quando isto ocorre de forma impositiva e até mesmo agressiva.

Lembre-se: é você quem decide quem vai ter acesso a você. É você que escolhe responder ou não determinadas pessoas, certas mensagens.

Você é dono de sua vida, de seu tempo. E não refém das intervenções alheias indevidas.

Posicionar-se é também um ato de autopreservação e de sua saúde.

Tenha atenção para que você não deixe que te roubem você de você mesmo!

E saiba mais! Clique aqui!

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2 comentários em “Posicionar-se ou não? Eis a questão.”

  1. Muito bom seu texto ! Muita gente apenas ignora as mensagens com medo de magoar a pessoa que a enviou. Dependendo da situação, eu sigo o mesmo que você faz !

    1. Muito obrigado por seu comentário! Quando não nos posicionamos “para não chatear o outro”, acabamos ajudando, de forma indireta, que mensagens inúteis sejam divulgadas!

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