Qual o impacto que sua fala causa?
Imagino que você já saiba que as palavras têm poder, têm força e, por isso, você sabe também que sua fala causa impacto.
Muito se diz por aí que somos influenciados pelo o que escutamos, com quem conversamos e também, claro, pela mídia.
Mas nem tanto se debate o quanto cada um de nós impacta a vida das outras pessoas. Em outras palavras, o impacto que você causa.
Um diálogo entre duas ou mais pessoas tem vários aspectos.
Por exemplo, o diálogo é composto pelo conteúdo do que se fala, pelo modo como se fala o que se fala, e pelo retorno do outro interlocutor sobre o que se fala e como se fala.
No mínio, o diálogo ocorre, então, em três canais.
Quero começar a refletir sobre o modo como se fala e, permita-me, aqui trago uma frase de minha querida mãe, que é um verdadeiro ensinamento. Diz ela: “Tudo depende do modo de falar…”
O seu modo de falar causa impacto.
Pelo modo de falar entendo todos os elementos que compõem a comunicação. Vamos pensar em alguns deles.
O volume da voz, por exemplo, é um item muito importante para direcionar o impacto que sua comunicação causa.
Há pessoas que falam baixo e, por isso (mas não necessariamente) têm mais afeição com pessoas que também falam com um volume mais calmo.
De outro lado, também há aquelas pessoas que falam muito rápido e que podem causar uma certa “aflição” ou atordoamento na outra pessoa.
E, claro, nesta situação, a conexão com o conteúdo sobre o que se fala começa a ser afetada negativamente.
Agora…sabe quando você conversa com alguém e este alguém não te olha nos olhos?
Ou ainda fica olhando para todos os lados, menos para você e para seus olhos?
Parece que, quando isso acontece, a pessoa não está interessada naquilo que você está dizendo e, consequentemente, o impacto de sua fala também será afetado.
E será que você faz isso? Será que você não olha nos olhos de seu interlocutor ou fica olhando para os lados? Atenção! O impacto que você causa com isto chama-se desconexão!
O modo de falar de seu interlocutor também causa impacto.
O diálogo é um evento dinâmico. Quase sempre imprevisível.
E sua característica de imprevisibilidade é cada vez maior à medida que as pessoas não se preparam para realizá-lo.
Geralmente, as pessoas se preparam somente sobre o seu próprio conteúdo, sobre aquilo que querem expor em uma reunião, em um encontro.
E não levam em consideração o que o outro vai falar naquele encontro e como ele irá falar.
Por exemplo: suponha que você terá uma reunião de trabalho na qual o tema será um tema delicado.
Por isso, você decide modular sua voz, a velocidade de sua fala, tendo como objetivo uma comunicação menos desagradável porque o conteúdo daquela conversa é delicado.
Porém, a pessoa com quem você conversa, então, ao ouvir sua fala, reage de modo agressivo, impetuoso e que tenta tirar você do controle emocional da situação.
Se você não pensou previamente nesta possibilidade e não elaborou estratégias eficazes de reação para esta situação, é provável que o resultado daquele encontro não seja positivo.
Em outras palavras, é importante que você se prepare para os encontros também já pensando em possíveis reações da outra pessoa, tendo um leque de alternativas para que você escolha para sua reação caso a situação prevista venha a acontecer.
O impacto muito além da fala.
Outro aspecto importante para você levar em consideração durante um diálogo é a comunicação de todo o seu corpo.
A postura que você se senta em uma cadeira, durante a conversa, passa qual impressão? Cansaço? Displicência? Foco? Dedicação?
Uma dica interessante para que você mantenha sua postura atenta em uma reunião que exige foco é sentar-se com as nádegas apoiada na parte quase final do assento da cadeira, bem na “pontinha” da cadeira.
Quando você se senta desta forma, o apoio de seu corpo exige que você utilize suas pernas como estrutura e, assim, sua musculatura fica um pouco mais contraída, ereta.
Uma postura reta, ereta passa a impressão de atenção plena para aquele que está falando com você.
E, em oposição, uma postura sentada com o quadril mais “para a frente” no assento faz com que suas costas fiquem mais “molengas” e, portanto, “molenga” será a sua postura e a sua atenção.
O resultado? Faça o teste e veja com seus próprios olhos.
E conteúdo de sua fala?
É claro que você tem a sua mensagem para comunicar quando conversa com alguém.
Mas o seu próprio conteúdo pode ser falado de modos distintos.
Por experiência própria, de modo empírico, suponho que os artistas tenham um modo menos focado (a generalização aqui é apenas para exemplificar!) de expor suas ideias.
Afinal, os artistas têm uma visão que vai muito além do mundo concreto. Eles entram no mundo abstrato das artes e veem o mundo com esses olhos.
Perceba quando um artista fala de sua arte ou de seu processo de criação.
Geralmente, esta narrativa não é uma narrativa muito focada, muito linear.
Ela é não linear, cheia de desvios e variações.
Desse modo, se você for conversar com uma pessoa que processa o conteúdo da fala deste modo “artístico”, tente modular o seu modo de falar (eu sou mais objetivo, e faço este exercício) para que a conexão no diálogo seja profunda.
O foco é a conexão
Lembre-se sempre que a boa produtividade de sua fala depende, primeiramente, da conexão que você estabelece com seus ouvintes.
Sem conexão, não há atenção.
Quando não há atenção, não há diálogo.
E Sem diálogo, não há crescimento.
Por isso, em qualquer negociação profissional, reunião de trabalho ou encontros cotidianos o cuidado prévio com o processo de diálogo deve ser bem trabalho para o estabelecimento da conexão da outra pessoa.
E isto tudo tem muito a ver com a Programação Neurolinguística, uma ferramenta importantíssima para o bom desempenho em sua comunicação e para o aprimoramento do impacto que sua fala causa!
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