Essa tal Prosperidade…

Propósitos…servem também para relacionamentos…?

Uma questão que, certamente diz respeito a todos nós, são as nossas relações interpessoais e afetivas. Elas estão dentro dos nossos projetos de vida, com toda a certeza,  e, quando damos atenção e as trabalhamos de fato, trazemos felicidade para nossas vidas.

Nós, humanos, somos seres sociais e, por isso, as nossas relações com pessoas estão sempre presentes. No convívio diário, nas relações próximas entre casais, pais e filhos, irmãos… e assim por diante.

Entretanto, a qualidade que estabelecemos nos nossos  relacionamentos é optativa e desta forma, estabelecer uma relação de qualidade e construir propósitos para uma relação madura e duradoura é um trabalho e um desafio constante quando dedicamos a elas a necessária atenção.

O uso a palavra “desafio”, diferentemente da palavra “problema” (que é freqüentemente mais usada),  nos leva à busca de novos caminhos, ressignificações, instiga a nossa criatividade e amplia a percepção sobre os fatos em questão.

Desafiar-se é participar ativamente na busca de soluções e entendimentos…

Mas, que desafios teríamos para desenvolver as nossas relações?

Vejo como um grande desafio pessoal a melhora da nossa própria comunicação.

É muito frequente não percebermos a qualidade dela, uma vez que comunicar-se de fato é se fazer entender e ser entendido, ou, em outras palavras, o significado e a qualidade da comunicação é a resposta que se obtém do interlocutor e, se não somos claros na comunicação, a resposta pode não ser a que esperamos.

O que talvez pareça óbvio, não é. Porque para isso, é necessário uma outra capacidade importante: a de entrar em conexão com o “outro” , o que implica em uma outra coisa, que é deixar de ser o “dono da razão”, e entrar no “mundo” da outra pessoa e ter ouvidos atentos e direcionados ao “outro”.

Estes, com quem estabelecemos uma relação e formamos pares de elementos, nos trazem desafios fantásticos, que é o de nos levar a um mundo paralelo e que também é nosso. Explicando: considerando as diferenças entre todos nós, em função das diferentes percepções que temos do mundo, e que, por isso formamos um universo tão próprio e individual como a própria impressão digital, estabelecer uma comunicação considerando essas individualidades é um grande desafio, que quando negociado e/ou mesmo visto de forma imparcial, nos permite viver com inteligência não apenas o diálogo, mas também a comunicação.

E porque não apenas o diálogo?

É comum pensarmos que a nossa comunicação é apenas aquilo que expressamos pela voz. Entretanto, o que está também presente em nossa expressão é a comunicação não verbal, não expressa pelas palavras. Estudos nesse sentido mostram que ela chega a representar 55% da nossa comunicação quando estabelecida face a face.

E como tomar consciência da sua existência, e  impedir que ela não nos atrapalhe?

Veja alguns exemplos desses pequenos gestos: um piscar de olhos, um franzimento do nariz, uma puxada de lado na boca, um olhar de desdenho e alguns outros que nem notamos, por exemplo, um virar de costas para alguém, uma batida de porta, um telefonema interrompido antes do final da conversa e assim por diante.

A qualidade das relações interpessoais são fruto, portanto, de decisões individuais que se harmonizam no pensamento compartilhado, estabelecendo diálogos produtivos, sendo estes abertos ao entendimento e às particularidades dos universos de cada um de nós, baseados na confiança mútua.

Essa tal Prosperidade…