A vida como ela é. É assim que estamos sendo forçados a nos comportar e a aceitar as imposições decorrentes da quarentena. O título da obra de Nelson Rodrigues nunca foi mais propício que agora. As imposições se impõem. A vida como ela é.
Todos nós, se quisermos nos comunicar com alguém que não está no mesmo ambiente físico que estamos, devemos recorrer ao vídeo. Lives, calls, videoconferências, não importa o nome que se dê a este tipo de comunicação de áudio e vídeo, tivemos que adotá-lo.
Mas ninguém estava preparado para assumir esta nova postura “perante as câmeras”. De uma semana para outra, tudo mudou. Escolas, empresas, cursos, universidades… tudo passou a ser on line. E não poderia ser diferente nestes tempos incertos.
E o que tem a ver “a vida como ela é” com este contexto exposto? Vamos lá…
O fato de termos ido para os vídeos, em nossos ambientes domésticos, trouxe à tona e tornou público, ainda que em ambientes virtuais restritos, o nosso lado doméstico de ser.
“Domesticidades”. A vida como ela é.
Reuniões de trabalho acontecendo com o fundo de latidos de cachorros ou papagaios (sim, ainda há residências que os têm) que querem dormir. Crianças correndo pela casa. Campainha que toca. Interfone que toca. Parente que te chama naquele momento em que você está decidindo questões importantes com seu chefe, com seu parceiro de negócios. A vida como ela é.
E se segue mais: um copo que cai, o barulho que se ouve. Ninguém se feriu. Um mosquito que passa à frente da tela e você, quase que involuntariamente, tenta matá-lo entre suas palmas. Risos do outro lado da câmera. Desculpe chefe.
E os exemplos são vários: professores dando aulas com filhos no colo. Crianças choram e querem atenção dos pais. “Agora não, meu filho”, diz o pai escusando-se com seu líder que aguarda no vídeo parado.
Seu cabelo cresceu e ficou sem corte. A tão falada “raiz branca” mostrou sua cara para todos que se postassem ali, em uma call, videoconferência, teleconferência, live… não há nome que possa colorir uma raiz branca de cabelo.
E a nossa vida doméstica veio a público reivindicar seu espaço nesta mídia que só dava ouvidos a terninhos, maquiagem, cabelos impecáveis. A história agora é outra.
A vez da essência humana.
Parece que agora nossa essência de ser humano, aquela que é construída nas suas relações mais íntimas e próximas com cônjuges, parceiros e todos seus derivados tomou vez. Assumiu o protagonismo que sempre lhe foi devido, mas que comumente colocando em “enésimo” plano.
A vida como ela é.
Assim, as máscaras não caíram. Simplesmente, já não era mais possível serem mantidas.
Querendo ou não, começamos a conhecer um pouco da intimidade doméstica das pessoas com quem nos relacionamos. Da verdadeira e bela face que cada um de nós tem, e que é só sua: a sua identidade de ser humano.
E talvez esta seja uma oportunidade que deve ser aproveitada: despidos diante das telas de computadores, celulares ou qualquer aparelho vimos que, mesmo com as raízes brancas nos cabelos, as amizades se mantêm, os negócios são realizados e os laços humanos muitas vezes fortalecidos. Há uma ampliação da compreensão da realidade do outro e isto gera ainda mais conexão entre as pessoas. O vídeo, que poderia nos afastar, pode te aproximar das pessoas, e de uma forma talvez ainda mais profunda, mais conectada, de casa para casa, de intimidade para intimidade.
A vida como ela é.
“Sua Essência.
De uma forma indireta, sua essência está aparecendo. De um modo indireto porque você, seu ambiente, sua rotina estão surgindo naturalmente nas conversas em vídeo. Você está assumindo sua personalidade e seu cotidiano sem ter qualquer pudor, sem ter a “vergonha” de ser e viver do jeito que você é e vive. Simples assim.
Por outro lado, a permissão de vivenciar a sua essência é libertadora. A crença que tanto nos limita, tal como “o que vão pensar de mim” começa a cair. O que importa é o que você realmente é, com todas as suas “domesticidades” que te envolvem. O resto também vale, mas é acessório a esta que é a principal: a sua essência.
E até mesmo a publicidade já percebeu isto. Veja, por exemplo, esta propaganda da Heineken.
Você digital, humanamente. A vida como ela é.
Enfim, é assim que definimos nossa criação batizada de Persona Digital. É você trazer à tona, para a rede, a sua essência profissional, em formato digital, de modo humano. É a sua essência, digitalmente. Vale a pena conhecer em Persona Digital.
Passada a fase da pandemia, oxalá possamos alinhar e expressar nossa essência em qualquer ambiente, em qualquer situação, com qualquer pessoa, para que possamos viver a vida como ela é e que você possa construir a sua real Prosperidade.